segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cavaco: ontem FMI, hoje FEEF, e amanhã...?


Em Campanha com o governo em funções:

"Só virá o FMI para Portugal se Portugal recorrer ao Fundo de Estabilização Europeu, mas eu espero bem que não recorra", declarou Cavaco Silva aos jornalistas, durante uma visita a três municípios do Pinhal Interior Norte

O candidato presidencial Cavaco Silva admitiu hoje que a intervenção do FMI em Portugal significaria que o Governo “de alguma forma” falhou

Após reeleição e com o governo já demissionário:

O Presidente da República disse este sábado, na Batalha, que é errado falar-se no Fundo Monetário Internacional (FMI), aconselhando os jornalistas a escrever Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF). Questionado se vinha aí uma nova batalha, numa alusão ao eventual pedido de ajuda ao FMI, Cavaco Silva respondeu: "Fundo Europeu de Estabilização Financeira. Eu acho que os senhores deviam deixar de falar em FMI, porque isso não está certo, está errado. É FEEF".

sexta-feira, 1 de abril de 2011

You're pulling my leg, right?

Passos Coelho: "Compromissos que o Governo assuma para pedir ajuda serão respeitados pelo PSD". "As melhores garantias de um partido responsável. O que o Governo tiver de se comprometer no exterior, seja num quadro ulterior de ajuda, seja de garantias que tenha de dar, será respeitado pelo PSD, quer na Comissão Permanente da Assembleia da República, quer quando for Governo a seguir". i

Compreendo, hoje mais do que nunca, a queixume do presidente Cavaco. Isto afinal de contas é tudo tão rápido que fica de veras difícil de acompanhar para o comum dos mortais, quanto mais para o presidente! Passos Coelho e o seu partido, depois de pedir ao governo demissionário (por si empurrado) serenidade e abertura para diálogo com vista ao apoio a mais um inevitável PEC, vem agora, apenas uns dias após ter rejeitado negociar a sua implementação que garantisse um compromisso a nível europeu, afirmar a sua total disposição para apoiar qualquer medida que o governo julgue conveniente. O mais curioso é que aquilo que levou PPC a "derrubar" este governo (falta de negociação prévia) é hoje simplesmente dispensável e irrelevante! É bem sabido que a muitos (PR e PSD) interessa que seja José Sócrates a abrir as portas à ajuda externa, carregando o fardo e o custo eleitoral que outros bem dispensam e que selaria definitivamente o seu destino politico. Cavaco Silva - pelo seu discurso de tomada de posse, que ficará na história como a mais do que provável causa desta crise política, e a sua comunicação de ontem. PPC - para além de ter desencadeado este processo de eleições a meio do termo, por ter invocado mil e uma vezes a ajuda externa, chegando inclusive a desmistificar o seu impacto negativo no País, devem por maioria de razão ser os parteiros deste novo capítulo da nossa história!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Quem quer ser 1º Ministro

QUIZ
Testes de conhecimentos gerais para
testar seu nível de preparação e de responsabilidade
Analise cada questão e dê a resposta que achar mais adequada.

1ª Questão - O governo está "aberto à alteração de medidas", desde que haja um equilíbrio de valores nas alternativas apresentadas de modo a atingir o objectivo do défice.i
Qual a posição que deve o PSD assumir?
Passos Coelho: "O PSD não vai discutir nem negociar as medidas de um novo PEC". O líder do principal partido da oposição acusou ainda o Governo de se comprometer "em Bruxelas sem passar cartão a ninguém", sobre o planeamento de um novo PEC. sol
2ª Questão - A chanceler alemã em conferência de imprensa disse "Não basta dizer: estamos de acordo com os objectivos impostos pela Comissão Europeia e pelo BCE, mas é preciso dizer, também, publicamente e de forma clara, que medidas se propõe para atingir os objectivos". jn
O PSD deve manter a sua posição inicial ou comprometer-se a apresentar alternativas que anteriormente recusou?

Passos Coelho: ............................................................... (em actualização)

Reflexão

Ninguém ignora hoje, que as medidas draconianas que caracterizam as várias versões do PEC não colhem a simpatia do Partido Socialista, muito menos junto dos seus eleitores. Não é menos verdade que o Programa do Partido Socialista voltou para a gaveta tão depressa como dela saiu, em grande parte por força da crise internacional, cuja origem é hoje sobejamente conhecida, apesar de a UE, pouco ou nada ter aprendido com ela. À esquerda, tem havido terreno fértil para que os partidos recuperem os desígnios anti-capitalistas, patronato e até Europeus. Já no espectro da direita, surge uma audaz e original teoria, cuja argumentária coloca na génese do problema «o Estado» e não a total ausência de regras e regulação dos mercados com um evidente deficit de intervenção dos Estados em certos sectores da economia. Chegados aqui, pode-se afirmar com confortável segurança que o Partido Socialista tomou um conjunto de medidas ao arrepio do que havia prometido no programa eleitoral contrariando tudo aquilo que caracteriza a matriz da sua ideologia partidária. Pior, fê-lo sem a convicção de que elas tivessem o efeito pretendido e tantas vezes anunciado «Acalmar os "mercados"». Não podemos, contudo ignorar que se não o tivesse feito, não poderia apresentar-se junto dos seus parceiros europeus e reafirmar o obvio. O problema das dívidas soberanas havia já ultrapassado a dimensão individual dos países e reclamava uma abordagem concertada ao nível europeu pela defesa do Euro e do projecto europeu. Foi um Partido Socialista que, apesar do seu enraizamento popular e defesa de uma sociedade mais solidária, justa e fraterna implementou um vasto conjunto de medidas austeras com efeitos devastadores para a sociedade e para a nossa economia, colocando em causa a sua matriz ideológica, por força da extraordinária situação e face aos desafios em que vivemos. A questão com que nos enfrentamos hoje é a seguinte: Que medidas teria adoptado (adoptará) um partido que se assume com uma ideologia marcadamente liberal e que defende o desmantelamento encapotado do Estado...?

Quem pediu um aumento do IVA?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Agora ou Nunca...!

Melhoria sustentável das exportações
Progressiva redução do deficit orçamental
Diminuição da despesa pública
Aumento das receitas fiscais
Concertação Social
Activação do mecanismo de auxilio europeu
Diminuição das taxas de juro da dívida soberana
Vs
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.................................... Pote!

Com uma alínea apenas...

Os sociais-democratas entregaram à última hora o projecto de resolução prometido. O documento de três páginas tem um preâmbulo onde o PSD critica as políticas seguidas pelo governo de José Sócrates e em apenas uma alínea diz "Rejeitar o Programa de Estabilidade e Crescimento 2011/2014, apresentado pelo governo à Assembleia da República". O PSD diz que "não pode aceitar um documento que apenas castiga os portugueses e não dedica uma única linha ao crescimento da economia. i
Se alguém tinha dúvidas, fica aqui bem patente a falta de vergonha do PSD, ao empurrar o País para o precipício sem sequer ocultar aos Portugueses que, aquilo que verdadeiramente os move não é apenas a sofreguidão de alcançar ao "Pote"...! Cavaco Silva ficará para os anais da Historia contemporânea como o Homem que escolheu virar as costas ao País no momento em que este arde pelo fogo que ele mesmo ateou... O Presidente, movido apenas pela sede de vendetta, coloca a sua Magistratura abaixo inclusive dos mais obscuros e temerários interesses partidários.

terça-feira, 22 de março de 2011

Tromba Rija or Hard Trunk

Para quem acusa o 1ª Ministro de desleal por ter apresentado as linhas orientadoras do PEC às instituições Europeias, sem consulta prévia, este comunicado de Passos Coelho seguiu o mesmissímo caminho. Desconhece-se se terá sido traduzido para a lingua de Camões...

Dixit Cavaco

"Nós não podemos prolongar esta campanha por mais três semanas. Os custos seriam muito elevados para o país e seriam sentidos pelas empresas, pelas famílias, pelos trabalhadores, desde logo, pela via da contenção do crédito e pela subida das taxas de juro", afirmou Cavaco

«Imaginem o que seria para Portugal nesta situação económica e financeira complexa se prolongássemos por mais algumas semanas esta campanha», questionou o ainda Presidente da República. «Os custos seriam muito elevados para Portugal e para os portugueses», garantiu.

O silêncio ensurdecedor de Belém é bem elucidativo sobre quem urdiu toda esta patranha!

Para bom entendedor...

Passos Coelho disse ainda que o seu partido «fez tudo que estava ao seu alcance para evitar que Portugal chegasse a uma situação de bancarrota ou de insolvência, em que precisasse de recorrer ao exterior, nomeadamente ao Fundo Monetário Internacional e ao Fundo de Estabilização Europeia». Daí considerar que, se isto acontecer, significará «um falhanço político grande e grave do Governo». 09/01/2011

Cavaco Silva sublinhou que é necessário evitar a entrada do FMI em Portugal e que o «Governo desenvolva acções necessárias» para evitá-lo. Se isso não acontecer, o candidato admitiu que o Executivo «de alguma forma falhou». 21/10/2010

segunda-feira, 21 de março de 2011

Pecados de Amor...

É com estupor que assistimos ao desenrolar do guião desta novela Mexicana, cada vez mais Lusitana. Passo Coelho já se apresenta como o herdeiro da fortuna e Paulo Portas como a servente enamorada do Patrão, apesar dos arrufos pré-nupciais que habitualmente antecedem a consumação do acto.

Enquanto isso, incrédulos e em desgraça, após terem notificados do iminente despejo da Mansão que outrora governaram, surge José Sócrates, ex-tutor do falecido, acompanhado de Teixeira dos Santos, seu fiel mordomo. Ambos tentam, em vão, convencer os herdeiros que, apesar das circunstancias ambos são merecedores de confiança, devendo, por isso, permanecer na Mansão.

Novela que se preze, tem de saciar a vontade ao noveleiro especulador, os “vilões” são empurrados para a desgraça, onde lhes aguarda sempre o mesmo destino, em contraponto com uma romântica e apaixonada cerimonia de consagração do amor eterno entre a "servente" e o "herdeiro" …

sábado, 12 de março de 2011

Xeque-mate?

Chegou a hora, o PSD não pode continuar a adiar o "assalto" ao poder, os membros do partido, que há muito aguardam pelo regresso à liderança do Estado, não lhe perdoariam um novo adiamento sob pena de PPC ver a sua liderança seriamente questionada. Sócrates desdobra-se em multiples esforços e acrobáticas demonstrações de rigor e disciplina orçamental para tentar (em vão) convencer os ditos "mercados" de que afinal aprendemos a lição e nos redimimos por termos, afinal de contas, feito aquilo que então o mercado queria, Consumo e mais Consumo. Pois bem, as novas medidas foram bem recebidas em Bruxelas, que as enquadra no âmbito do compromisso assumido pelo PS e PSD nos sucessivos PEC´s.
O problema é que o PSD não crê que seja sustentável politicamente manter a colagem às medidas tão impopulares que o Governo tem implementado, nem que para isso tenha de inviabilizar a aprovação de medidas complementares de rigor orçamental, acusando-o de falta desse mesmo rigor! O momento que marcou o início de uma grave crise política em cima de uma financeira, foram as incendiárias declarações de Cavaco na tomada de posse, que tiveram o condão de acicatar o Governo por um lado, com uma verdadeira declaração de guerra, e por outro encurralando a liderança do PSD para que se perfilasse como uma alternativa de governo, muito mais cedo do que PPC desejaria.
Não é difícil antecipar um cenário de eleições, a dúvida que persiste é se por será pela via da moção de censura ou por iniciativa do próprio Governo, uma coisa é certa, para além dos tostões, chegou também a hora de contar espingardas...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cuidado com o que desejas, pois pode tornar-se realidade...

Os clamores de um povo cansado de um governo que já parecia ter sequestrado o futuro de um país tempo demais, são hoje uma realidade, apesar da inquietação que essa "mudança" legitimamente provoca no cenário geopolítico internacional, quer ao nível do ocidente, quer do mundo árabe. A euforia dará lugar à incerteza e instabilidade na transição que ocorrerá, não se sabe de que forma nem em que medida. Importa recordar o ano de 1979, ano em que no Irão foi decretada oficialmente a República Islâmica que culminou o fim do regime do Xá Reza Pahlevi.
Esquerdistas, liberais e muçulmanos tradicionalistas, uniram-se sob a liderança do aiatola Ruhollah Khomeini para reclamar o fim dos problemas do regime: a pobreza, inflação e a repressão política, o resultado está à vista de todos, sentida particularmente pelos Iranianos! Não questiono a legitimidade dos protestos, muito menos os motivos à volta dos quais um povo se mostra mais unido que nunca, mas ninguém pode assegurar uma transição promovida para garantir uma inclusão plena de todas as facções políticas e religiosas para que o Egipto seja um país mais livre e tolerante.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O rei vai nu

A democratic test for Venezuela (Washington Post)
A new Venezuelan congress is due to take office in January in which opposition representation will rise from virtually zero to nearly 40 percent. A presidential election is scheduled in two years, and with the country suffering from one of the worst economic crises and highest murder rates in the world, the chances that Hugo Chavez would win a free and fair vote are not looking good.
So it is no surprise to anyone in Venezuela that its self-styled "Bolivarian" caudillo has set out to finish installing his "21st-century socialism" before he runs out of time. Last week the lame-duck, rubber-stamp National Assembly granted Chavez the power to rule by decree for the next 18 months. It also prepared new laws that could force the closure of the last television network sympathetic to the opposition, and subject the Internet and even mobile messages to a ban on any speech that would "foment anxiety" or "ignore the authorities." Internet traffic would be routed through a central node controlled by the state, as in China, Iran and Cuba. (...)

Nota: Perante a eminente consolidação das forças opositoras ao regime Bolivariano, em particular, com a alteração da composição das forças adversas ao governo na nova Assembleia que entrará (ia) em funções em Janeiro do próximo ano, Hugo Chavez recebe, a dias do fim da legislatura poderes especiais para Governar por Decreto nos próximos 18 meses. Pois bem, a este respeito, gostaria de conhecer as opiniões daqueles que há anos defendem a legalidade do regime perante semelhante atropelo à democracia e à vontade popular expressa nas últimas eleições legislativas!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Clíster Natalício

D. Maria (1ª de Belém) ordenou que fossem retirados todos os Bolos Rei do Palácio e substituídos pelo Bolo Rainha, não fosse o seu Aníbal atrapalhar-se com as frutas.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

WikiLe∆ks

Julian Assange, o criador daquele que pretendia ser uma referência à liberdade de informação, ficará na história como o principal cúmplice de uma eventual acção dos governos na imposição da censura à internet. O Direito à informação, como qualquer direito, não é uma conquista absoluta, irreversível e sequer ilimitada. Este site poderia ter dado um notável contributo para o jornalismo de investigação, em vez disso, escorregou pelos caminhos da anarquia, levando por vezes a provocação a níveis de irresponsabilidade quase criminosos, como aconteceu com a mais recente publicação de uma lista secreta de locais sensíveis em todo o mundo que os Estados Unidos desejam proteger de ataques terroristas.
Não será WikiLeaks, afinal de contas, o espelho do seu criador, um homem com um complexo sistema de valores e percepções esquizofrénicas sobre si e o resto do mundo...?!

Tragicomédia em 3 actos

1º Acto
Chávez dice que va a bombardear las nubes para que llueva
«Ya llegaron con un equipamiento especial y ya estamos montándolo en los aviones Hércules nuestros y vamos a comenzar a bombardear nubes para provocar lluvias y aumentar el nivel de los embalses, cuyos bajos niveles están provocando racionamientos de agua y de electricidad.», dijo Chávez en un acto el sábado en la noche.
2º Acto
Fallecidos por lluvias en Venezuela llegan a 31
«Las precipitaciones, que prácticamente no han dado tregua en una semana, se extenderán todavía por unas 48 horas, según los institutos de meteorología.»

3º Acto
Chávez ordena tomar hoteles de lujo
«He ordenado la ocupación de los hoteles de lujo para ponerlos a la orden del pueblo y eso debe ocurrir esta misma noche.»