
Compreendo, hoje mais do que nunca, a queixume do presidente Cavaco. Isto afinal de contas é tudo tão rápido que fica de veras difícil de acompanhar para o comum dos mortais, quanto mais para o presidente! Passos Coelho e o seu partido, depois de pedir ao governo demissionário (por si empurrado) serenidade e abertura para diálogo com vista ao apoio a mais um inevitável PEC, vem agora, apenas uns dias após ter rejeitado negociar a sua implementação que garantisse um compromisso a nível europeu, afirmar a sua total disposição para apoiar qualquer medida que o governo julgue conveniente. O mais curioso é que aquilo que levou PPC a "derrubar" este governo (falta de negociação prévia) é hoje simplesmente dispensável e irrelevante! É bem sabido que a muitos (PR e PSD) interessa que seja José Sócrates a abrir as portas à ajuda externa, carregando o fardo e o custo eleitoral que outros bem dispensam e que selaria definitivamente o seu destino politico. Cavaco Silva - pelo seu discurso de tomada de posse, que ficará na história como a mais do que provável causa desta crise política, e a sua comunicação de ontem. PPC - para além de ter desencadeado este processo de eleições a meio do termo, por ter invocado mil e uma vezes a ajuda externa, chegando inclusive a desmistificar o seu impacto negativo no País, devem por maioria de razão ser os parteiros deste novo capítulo da nossa história!
Sem comentários:
Enviar um comentário