segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Boi de Bola...

Quem aprovou os termos em que o contrato foi celebrado entre a FPF e Carlos Queiróz?
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Porque razão os responsáveis da Federação manifestaram o seu apoio a Carlos Queiróz, aquando da agressão ao jornalista Jorge Baptista na sala de embarque?
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Porque é que aqueles que hoje acusam Carlos Queiróz de conduta imprópria são os mesmos que branquearam a atitude de Filipe Scolari aquando da agressão ao jogador?
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Porque motivo não foi assumida a vontade de rescindir o contrato e encetada uma negociação "amigável"?
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O Sr. Madaíl tinha dito inclusive antes do Euro 2004, que o seu ciclo tinha chegado ao fim. Que motivos o fizeram mudar de opinião?


Não entendo um boi de bola mas não tenho, nem nunca tive, muito apreço pelo Professor Carlos Queiroz, que em bom rigor só tem arrecadado sucessivos fracassos enquanto figura principal, ainda assim, o que me apoquenta a mente é esta espécie de trágica comédia que evidentemente não diverte nem entretêm ninguém, pelo contrário, envergonha pela forma como algumas instituições públicas insistem em ocupar o seu tempo e recursos. Espero que se tenha encontrado o fundo, pois só assim poderá haver uma verdadeira renovação dos que dirigem o nosso futebol.
O sr Madaíl tira a senha #1, e os restantes seguem-lhe os passos sff!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Descubra as diferenças


Quo Vadis?

A reentre política Algarvia de Pedro Passos Coelho teve como único objectivo tentar realinhar a sua campanha após o monumental tiro no pé que foi a sua "proposta" de revisão constitucional, na qual prometeu uma espécie de dieta social vs uma iniciativa privada (ainda) mais alimentada pelo Estado. O Estado receberia menos impostos do sector privado e ainda por cima renunciaria de algumas das suas competências e actividades nucleares, como são a Educação e a Saúde. Curiosamente são duas das áreas em que o sector privado mais tem investido nos últimos anos. A reacção da população não se fez esperar e as sondagens comprovaram isso mesmo.
Estamos perante numa tentativa pouco elaborada de marcar a agenda política e recentrar o posicionamento do PSD, Passos Coelho dispara em todas as direcções, acusando o PS de ser o principal responsável da profunda crise da justiça, chegando inclusive a acusar o governo de influenciar e manipular o poder judicial. Se bem me recordo um dos princípios basilares no qual assenta o nosso sistema democrático é o princípio de independência de poderes. Acresce que a última "reforma" do poder judicial resultou de um pacto entre o PS e o PSD. Não satisfeito com a acusação de que o governo estaria a defraudar um dos preceitos mais sagrados da nossa constituição, que resultaria inevitavelmente numa dissolução do parlamento, Passos Coelho ameaça inviabilizar o próximo orçamento reiterando e reforçando velhas exigências de forma irresponsável e leviana.
Passos Coelho deseja criar artificialmente uma crise sobre uma matéria que já havia sido debatida entre ambos os partidos e sobre a qual deverá existir dialogo e cooperação no decorrer da elaboração do próximo orçamento.
É evidente o desconforto que denuncia o líder do PSD e candidato a 1º ministro , umas vezes temos um menino liberal-light, responsável, doce e simpático e outras um destemido reformista ultraliberal. Não tenho qualquer preferência entre ambos os figurinos mas julgo que todos esperaríamos um pouco mais de coerência por parte de que nos pretende liderar.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

BPN - Bancas, Porque Não?!

Resulta difícil, até confuso, tentar acompanhar os últimos acontecimentos que tem ocupado o espaço mediático. Não me alongo sequer no triste espectáculo da autoria da mais ilustre parelha de Bandalhos do Ministério Público, que acreditaram que o povinho estaria em pulgas para conhecer o seu estado de alma sobre o caso FreePort.
Mas, deveras o que mais me inquietou foi o anúncio por parte do governo da venda da rede de agências do BPN pelo montante mínimo de 180 Milhões (escrevo milhões porque habitualmente não é palavra que utilize muito e dá-me certo gozo!).
Pois bem, apesar de não ser um conhecedor do complexo mundo das finanças, julgo, se a memória não me falha, de ter ouvido algures que o custo da operação de nacionalização do BPN ter atingido a módica quantia de 2.000 Milhões de Euros ao erário público. Imaginando que algum demente pagaria 500 Milhões de euros, ficariamos ainda com um buraco de 1.500 Milhões. Retrocedamos um pouco, o argumento que fora utilizado ad-nauseam para justificar essa operação de resgate, foi a necessidade de salvar o sistema financeiro nacional (leia-se Banca Privada, pois a Banca pública nunca enfrentou o cenário de insolvência).
Assim foi, temos hoje uma Banca desestressada, segundo os mais recentes testes europeus, e com lucros bastante simpáticos, atendendo à conjectura de crise nacional e internacional, apesar de assumir sem qualquer pudor a sua resistência em emprestar dinheiro em situações de risco e praticando spreads muitas vezes ofensivos.
Cada vez que se ouve falar na crise financeira e nas ajudas do Estado, resulta inevitável ficar com um sabor amargo (como quando tocamos com a língua numa pilha AA) de que alguém saiu bem tosquiado nesta operação.