terça-feira, 1 de setembro de 2009

Uma escolha, dois Países

Sócrates esteve francamente bem na entrevista, distendido, mas firme e determinado em acentuar aquilo que separa ambas visões sobre o País queremos. Não são apenas de diferenças de estilo, falamos sobretudo de concepções do que deve ser a sociedade, a família o estado e tudo o resto. Uma visão progressista ou conservadora, um Estado presente ou um Estado débil e progressivamente desmantelado, um País ambicioso ou envergonhado e deprimido? Estas são algumas das escolhas que todos teremos de fazer em breve. Reconheço que não tenho o dom que muitos se arrogam, o dom da objectividade imaculada, da imparcialidade e distancia, de ter uma visão despida de emoções e crenças, não, eu não consigo atingir esse patamar. Para mim, aderir a um dos lados é uma questão intrínseca, no desporto como na vida e, naturalmente, na política, é apenas uma consequência da permeabilidade àquilo que me rodeia. Afinal de contas um homem não é feito de causas?

4 comentários:

Tiago R. disse...

Era de facto mais simples e confortável que estas eleições se pudessemo pôr de maneira tão simplista.

É ver que nos últimos 4 anos quem andou a desmantelar o Estado, quem tornou Portugal um país mais pobre, deprimido e envergonhado foi justamente o PS!

Portanto, a única solução é ver mais longe do que falsa dicotomia do rotativismo. E não perder as causas fundamentais de vista.

Planetas - Bruno disse...

É certo que o rotativismo é uma espécie de praga que corrói a maioria das democracias contemporâneas. Contudo, com as alternativas, fora desse arco, dificilmente sairia uma solução estável e duradoura. Acredito que aqueles que hoje apelam hoje à "verdadeira" alternativa, rapidamente se confundiriam com quem hoje tanto criticam.

Tiago R. disse...

Não percebo: "fora desse arco, dificilmente sairia uma solução estável e duradoura."
Mas Porquê???
É uma frase que tanta, tanta gente repete por aí (especialmente os "comentadores isentos"), mas que ninguém consegue, verdadeiramente fundamentar.

Planetas - Bruno disse...

Muitas das causas defendidas pelos partidos ditos "alternativos" apesar de colherem bem na generalidade da população (sobre tudo pela denuncia) não teriam aplicação possível, simplesmente porque são utópicas e inexequíveis (algumas delas, infelizmente).
No caso do BE, a economia real seria trucidada com metade das medidas defendidas pelo partido. O PC acabaria em 6 meses com a Segurança Social por exemplo. Há partidos cuja génese é simplesmente ser contra-poder, que implodiriam inevitavelmente no poder.