sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Road map to nowhere!

«O presidente do BCE , Jean-Claude Trichet, disse hoje que as reformas propostas pelos países europeus para reforçar a disciplina orçamental não estão a ir "suficientemente longe", especialmente em termos de automatismo das sanções.» aeiou

Bastaria que fosse anunciada uma revisão dos estatutos do BCE, por forma a adequar o seu papel face à nova realidade internacional, para que os "mercados" recuassem no seu víl ataque ao Euro. O seu Presidente é hoje parte do problema e não da solução!

«A probabilidade de estas novas sanções incluírem a suspensão dos direitos de voto nas instâncias europeias, por parte dos países com maior endividamento e desequilíbrios orçamentais - proposta pelos governos de França e Alemanha, que defendem uma revisão do Tratado de Lisboa.» i
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O processo de integração da extinta RDA na Alemanha Federal apenas foi possível graças ao extraordinário empenho solidário Europeu, porém, hoje o comportamento da Alemanha na crise do euro, em particular, em relação aos países do sul da Europa é manifestamente displicente e contrário aos princípios sobre os quais assenta o projecto de integração Europeia. Sem a aprovação alemã e sem solidariedade europeia, não se pode regular os imprevisíveis mercados financeiros e, assim, a integração europeia não poderá avançar.
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«A Comissão Europeia está a pressionar o Governo português a aplicar rapidamente as medidas de austeridade que constam do Orçamento do Estado para 2011, e quer que o défice orçamental português fique em 2011 ainda abaixo 4,6%.» af
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Mr. José Barroso, o homem que iria enaltecer as "nossas" qualidades lá fora, parece ter digerido com parcimónia o seu papel de pudlle da Chanceler Merkel. A Comissão Europeia parece empenhada em não sair do estado letárgico em que se encontra, apesar dos importantes desafios que enfrenta o projecto Europeu. Enquanto os pressupostos das politicas orçamentais não tiverem em conta a existência de realidades diferentes na zona Euro, os ideais e princípios genéticos da integração Europeia não serão interiorizados pelos cidadãos, o que conduzirá à inexorável desintegração da União Europeia.
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«António Borges considerou que «o problema do défice público é grave, mas é apenas a ponta do icebergue», apontando para «o endividamento gigante» do país e sublinhando que Portugal «tem uma dívida externa para pagar a curto prazo».» af

A mais recente aquisição do FMI aproveita o momento dificil que atravessa Portugal para se mostrar preparado para começar a mostrar serviço. Quem sabe senão será desta que finalmente se concretiza o seu fetiche, governar o país sem passar pelo crivo eleitoral!

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