quinta-feira, 30 de julho de 2009

Barracus Iustitiae

Não sou, nem pretendo ser, apologista das condenações sumárias nem de julgamentos antecipados na praça pública, apesar de considerar que o direito à opinião é tão válido quanto o direito à presunção de inocência. Contudo, os mais recentes acontecimentos apenas vêm confirmar o que a população sente há já muito tempo, um país sem justiça é uma democracia falida e em acentuado declínio. Não podemos continuar a ignorar que a justiça não cumpre sequer os mínimos exigidos, a falta de celeridade e de transparência nos processos, a promiscuidade entre os agentes de justiça e os órgãos de comunicação social, a constante luta em que se envolvem (apaixonadamente) todos os que fazem da justiça a sua vida, são apenas a ponta do véu. O que mais me surpreende, no meio deste descalabro, é a notória incompetência do Ministério Público, cujo número de acusações que não são confirmadas judicialmente é um escândalo. No meio judiciário, especialmente no Ministério Público, parece ter-se enraizado uma cultura que defende a crença que o bom Procurador é aquele que deduz acusação sobre a maioria dos processos, independentemente de obter, na maioria dos casos uma pobre taxa de condenações efectivas. A nobreza das funções desempenhadas pelo Ministério Público não se esgota na acusação, visam acima de tudo descoberta da verdade, o que implica em alguns casos não deduzir acusação por não estarem reunidas condições objectivas que perspectivem uma condenação efectiva de um determinado individuo. Dessa maneira todos ganharíamos, os visados não teriam que passar pelo Via Crucis de ver o seu nome enxovalhado publicamente, o Ministério Público teria uma imagem mais recatada e efectiva e por ultimo, a população em geral teria mais confiança no Ministério Público e nos órgãos com competências de investigação. Estou em crer que seria outra a imagem da justiça em Portugal.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A Operação Pandemia

Não chorem por mim Alfacinhas

Fui mas já não sou, agora sou mais à esquerda…mesmo ao lado do Guardião da ideologia da esquerda verdadeira, mas entretanto lá apareço novamente com eles, sim aqueles dos quais já fiz parte, não do PSD, do PS. Mas cuidado, não se enganem, eu estou lá mas não sou de lá, continuo a ser dos outros, dos genuínos. Por isso já sabem, quando virem a minha fotografia nos cartazes ao lado do candidato deles não liguem, afinal de contas eu sou dos outros, dos autênticos!

Abraços, beijinhos e até breve

Helena Roseta

PS:(PostScript não Partido Socialista, atenção) Obrigado a todos aqueles que me acompanharam, digo, acompanham, nesta luta por Lisboa.

domingo, 26 de julho de 2009

Joaninha voa voa...que o Louça já está à toa

Confesso que não conheço os detalhes da mais recente polémica que envolve o “convite” endereçado à ex deputada Joana Amaral, apesar de já ter tido a oportunidade de ouvir as respectivas versões dos visados. Parece óbvio que apenas resta ouvir à visada em todo este assunto. Ainda assim não consigo vislumbrar o cerne da questão. Se Sócrates tivesse convidado a Joana Amaral ou qualquer outra figura a integrar as listas de candidatos a deputados do PS, directa ou indirectamente, poderia isso ser visto como algo indigno ou impróprio?! Francisco Louça afirma que José Sócrates terá oferecido um cargo no Estado a Joana Amaral Dias em troca de apoio partidários, não esclarece se o cargo terá sido oferecido no caso de se confirmar uma nova legislatura do PS ou seria para ocupar o referido cargo durante os 60 dias restantes da actual legislatura, coisa que seria ridiculamente improvável. Se a “oferta” se refere a uma próxima legislatura, deveria então Francisco Louça ficar radiante pois isso seria porventura um sinal, uma abertura a um eventual entendimento pós eleitoral entre o PS e o BE.
Aguardo com curiosidade pelas declarações de Joana Amaral, quem se transformou mais uma vez no centro das atenções, desejada por muitos ainda que envergonhadamente por alguns.

Disparate do dia

“Cuando los pobres hagan las leyes ya no habrá ricos” by Hugo Chávez

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Adivinhem lá quem é a personagem

Ora bem, porque eu sou…blá..blá..blá..eu fiz…blá..blá..blá...eu fui o mais antigo deputado…blá..blá..blá.…eu fui agraciado por todos… blá..blá..blá.. a minha corrente devia estar representada nas listas do partido…blá..blá..blá…Artigos que eu próprio escrevi…as minhas posições……blá..blá..blá..Amigos meus…blá..blá..blá...Se Alberto Martins não estiver nas listas... eu não participo…blá..blá..blá…eu acho…blá..blá...quando eu entrei no Parlamento…blá..blá..blá….a minha experiência…blá..blá..blá…eu tinha razão...blá..blá..blá.

Novas regras da FPF

«Jogada determinante para assegurar a Vitória»

tattoos






quarta-feira, 22 de julho de 2009

Eu sei o que não fizeste no Banco de Portugal..!!

Na senda da verdade, MFL vem sugerir uma avaliação parlamentar do estado das contas públicas. Uma táctica pouco elaborada mas sempre tentadora para quem continua a apostar na descredibilização do actual Governo em detrimento da apresentação de verdadeiras soluções alternativas para o país. Não foi particularmente feliz, sobre tudo vindo de quem gosta que lhe seja reconhecida seriedade e sobriedade. Rasgará instituições como o INE e o Banco de Portugal (que a tem acolhido sempre que regressou dos cargos políticos que ocupou) de reconhecida independência que tem como atribuições avaliar e monitorizar as contas públicas, se chegar ao poder? Será que, aguardar pelo crescente desgaste do actual governo, seja pelo agravamento da crise internacional, seja pelos inclementes ataques dos partidos à esquerda do PS, vai ser suficiente para lhe garantir um lugar ao sol? Há muito que é sabido que as eleições não se ganham, perdem-se, e a julgar pela proximidade das eleições, essa parece ter sido o caminho escolhido pelo PSD, veremos o que pesa mais, se a crispação e animosidade instalada na população em geral, ou a lucidez de não desejar para o futuro aquilo que desprezamos no passado.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Srª Leite, a saúde está primeiro!

«Não prometo nada que não tenciono fazer e digo apenas aquilo que considero possível fazer e que está de acordo com as prioridades que o País enfrenta (...) eu como potencial responsável por um governo não devo, não quero nem faço promessas que não tenciono cumprir por não ter essa possibilidade», afirmou Manuela Ferreira Leite, questionada sobre os grandes projectos de obras públicas. na TSF

É impressão minha ou a Sr.ª está a dar perturbantes sinais de incoerência? Parece ter desenvolvido um síndrome de turvação mental que lhe dificulta o raciocínio, estas últimas declarações parecem confirmam isso mesmo. Já todos ouvimos dizer que a arte da politica é falar muito sem nada dizer, mas isto transcende, e muito, essa crença.
Por isso, não quero deixar de enviar os sinceros votos de uma rápida recuperação, pelo menos a tempo de esclarecer os Portugueses sobre o que pretende fazer neste país.

Michael Jackson is back

O irreverente site chileno The Clinic publicou uma caricatura sobre Michael Jackson. É humor negro, puro e duro, ainda assim humor!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Confidencias de uma revolução teledirigida

Este é um excerto de uma conversa telefónica entre Hugo Chávez e Manuel Zelaya "ex-presidente" de Honduras, relativamente à proposta de mediação com a participação dos EUA e Costa Rica.

«Hugo Chavéz regañó a Mel por haber aceptado la propuesta de Hillary con la mediación de Oscar Arias:
“Con esa conversa con Micheletti, ese cabrón de los gorilas militares, estás poniendo en riesgo todo cuanto hemos logrado para tu retorno, no puedes aceptar nada, no puedes dialogar y vas sólo a escuchar, eso es un montaje gringo. Por eso te dije que tenías que pedir la entrevista con Obama para arrinconarlo a apoyarte. Fíjate que la Clinton tenía todo listo. Hasta una entrevista con los medios oligarcas oligarcas venezolanos apenas saliste tú de su oficina. No puedes aceptar sino tú regreso a la Presidencia y el juicio a los golpistas. Tienes que cambiar todo el estamento militar. No aceptes mover la fecha de las elecciones. Mantente firme, mira que Fidel, Daniel, Evo, Rafael, Insulza y el mundo entero estamos contigo. No puedes transigir, pues tú eres el Presidente, no el impostor que asumió”.»

terça-feira, 7 de julho de 2009

O Estranho caso das Honduras

O caso de Honduras ficará seguramente na história da democracia Latino-americana por variadíssimos motivos. A tomada de posição unânime de praticamente todo o hemisfério em condenar o governo de Micheletti, sem dispor de todos os elementos para uma avaliação mais sólida e consistente do caso, pode ter feito reféns da posição inicial a muitos governos. O regresso do Presidente Zeyala foi manifestamente intempestivo, sobre tudo, atendendo às circunstâncias políticas actuais que vive o País. A arrojada operação, contou com a participação directa do presidente da assembleia da ONU que escoltou o presidente deposto abordo do avião venezuelano na tentativa de regressar ao país a todo o custo, foi um acto irreflectido e irresponsável que poderia ter provocado uma verdadeira guerra civil no pais.
Foi uma decisão bem ao estilo dos líderes revolucionários, mas certamente atípica dos organismos internacionais, que assumem responsabilidades acrescidas nesta matéria.
O presidente da OEA, Inzulsa, uma figura que, não poucas vezes, tem ignorado a gravidade de decisões que comprometem os mais elementares princípios democráticos na região (liberdade de expressão, golpes de estado, perseguição politica de adversários, ausência de independência de poderes etc.), aparece hoje mais interventivo que nunca, justamente ao lado daqueles que repetidamente têm acusado a OEA de ser servil aos EUA, chegando inclusive a ameaçar com retirar os seus paises do organismo. Assistir aos reiterados clamores e súplicas de uma intervenção Norte-americana nas Honduras é a prova de que o Imperialismo Bolivariano, afinal de contas, deposita a responsabilidade no maléfico Imperialismo Norte-americano, na esperança de que assuma o papel de guardião dos movimentos Revolucionários "Socialistas" da América -Latina. São portanto, duas faces da mesma moeda.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Chamem a polícia que eu disparo!

"Os dois agentes foram baleados quando responderam a uma chamada no Bairro Santa Filomena"
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O Bloco e o PCP vão acusar o Governo de não alargar os subsídios, que o equipamento social do bairro está degradado e que todos devemos sentir o peso da responsabilidade pela criminalidade.
O SOS racismo vai dizer que isto sucede porque a policia não trata estas comunidades com o devido respeito, por isso, o ódio que eles tem à autoridade é alimentado desde a infância.
O PSD vai dizer que o Governo de não comprar mais equipamento, contratar mais policias e não aumentar os seus salários, apesar de nada ter feito quando estava no Poder.
O PS vai apresentar umas estatísticas onde se indica que afinal a criminalidade sob a modalidade de "emboscada" diminuiu.
O CDS-PP vai querer armar todos os cidadãos e colocar um policia em cada esquina.
Em suma, os Portugueses não acreditam na justiça, os bandidos não respeitam a policia, os políticos não se respeitam entre si, nem a quem os elegeu, os banqueiros não cumprem as regras da transparência, os reguladores não regulam porque não são da policia e ser policia afinal não é uma profissão de risco.

Tanta "verdade" confunde-me

PSD admite continuar grandes obras públicas
“Há uma série de áreas onde não há análise suficiente e estudaremos caso a caso: há sempre projectos que se justificam e outros que não vale a pena fazer”
Afinal de contas a politica de verdade do PSD é como a plasticina, serve para tudo e mais alguma coisa, neste caso, molda-se de acordo com o contexto em que é proferida. A verdade para a povinho é uma, «Não vamos gastar mais dinheiro com essas obras que apenas servem os "gandulos" parasitas deste governo!», quando o interlocutor é mais restrito e conhecedor da matéria, a verdade é dita em surdina, «Bem afinal de contas todas as opções se mantém em aberto, cuja decisão dependerá das análises e estudos que realizaremos quando nós chegarmos ao governo». Afinal, o PSD, assume que não se vai pronunciar sobre questões decisivas para o país durante a campanha eleitoral, limita-se a esperar que o poder que caia no colo para depois Governar sem uma base de compromisso programático, assumido com os seus eleitores. Ó Manela, cantas bem mas não encantas!!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Quanto vale uma Nacionalidade

Maria João Pires renuncia à nacionalidade portuguesa
A pianista Maria João Pires vai renunciar à nacionalidade portuguesa, tornando-se aos 65 anos cidadã brasileira. A notícia é avançada pela Antena 2 da RDP, que adianta que a pianista se fartou “dos coices e pontapés que tem recebido do Governo português".Decepcionada com o modo como tem sido tratada a nível governamental, sobretudo no seu projecto de ensino artístico de Belgais (Castelo Branco), Maria João Pires, que tinha dupla nacionalidade, decidiu agora ficar apenas com a brasileira. A pianista tem recebido telefonemas de vários organismos governamentais de Espanha e do Brasil a convidarem-na para se instalar definitivamente nesses países, mas o convite feito pelas autoridades brasileiras terá sido muito sedutor, levando a pianista a optar por se mudar de armas e bagagens para o outro lado do Atlântico.

Maria João Pires, bem pode aproveitar quando for entregar o passaporte português e devolver os subsídios que recebeu, mesmo antes de ir para o Aeroporto da Portela embarcar na Varig. Portugal já tem talentosos arrogantes e imodestos suficientes que demonstram desdém pela sua identidade, ficaremos apenas com menos um…! Querem ver que o PSD não vai resistir e vai cavalgar este burro infame!
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Aditamento:
«A pianista Maria João Pires admite pedir a nacionalidade brasileira, mas nega que essa decisão seja motivada por «sentimentos negativos em relação a Portugal», rejeitando ainda que pondere deixar de ser cidadã portuguesa.
Numa nota enviada pelo seu advogado, e divulgada pela Lusa, a pianista esclarece que tem a vida organizada no Brasil e pretende, desde há três anos, adquirir também esta nacionalidade, dado pretender viver nesse país. » [Portugal Diário]
O comentário anterior a este comunicado deveria, naturalmente, sem efeito, no entanto, vou manter algumas reservas às explicações da pianista, uma vez que o registo do desmentido não parece adequado face à gravidade da notícia avançada pelo jornalista da Antena 2.

Mas afinal o que queria dizer Manuel Pino?

Manuel Pinho sai do governo como entrou, vítima da sua inabilidade politica. Muitos foram os episódios que marcaram a sua vida pública enquanto Ministro o que comprova o que há muito defendo, impõe-se um maior acompanhamento ao nível da formação politica dos independentes que, não poucas vezes são mal amados nos complexos meandros da política. Mais do que a “gravidade” do gesto, cujo significado ainda tento decifrar, foi o rosto de um homem manifestamente desconsertado e esgotado pelas dificuldades com que se deparou ao longo desta legislatura, que mais me impactou. A Assembleia da República já assistiu a ameaças de porrada (José Eduardo Martins / PSD), convites “vai para o c……” e outros mimos parlamentares, tem sido pois uma casa Portuguesa com certeza!
No entanto, apesar da inabilidade politica de Manuel Pinho, deve-lhe ser reconhecido mérito em vários domínios da Economia, com especial relevo, no sector das energias renováveis. Sócrates foi diligente ao conter os danos políticos que este facto teria junto da opinião pública / media, particularmente sensível em tempos de campanha eleitoral.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Politica de verdade ®

O Presidente da República disse ontem não ter qualquer razão para duvidar da palavra do seu conselheiro de Estado. "Garantiu-me solenemente que não cometeu qualquer irregularidade nas funções que desempenhou" em empresas do universo do Banco Português de Negócios (BPN), afirmou Aníbal Cavaco Silva. "Não tenho qualquer razão para duvidar da sua palavra", sublinhou o Presidente, depois de revelar que Dias Loureiro lhe assegurou, no Palácio de Belém, que "as suspeitas lançadas sobre ele não têm qualquer fundamento, são mentira".

Talvez fosse boa ideia o Sr. Presidente dizer alguma coisa a este respeito em nome da verdade e da transparência.

Back to the Future

A presidente do PSD prometeu hoje mudar os estatutos do aluno e da carreira docente, o sistema de avaliação dos professores e aliviar a carga burocrática a que estão sujeitos, caso vença as eleições legislativas.
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Esta declaração insere-se na Politica de Verdade® de MFL, um compromisso de que o país regressará aos tempos em que MFL liderava as politicas educativas à frente do Ministério de Educação, ao lado do então 1º Ministro Cavaco Silva. Temos assim uma visão alternativa de futuro com sabor a passado!

(contra) Golpe de Estado nas Honduras III

El Wall Street Journal denunció que Chávez, aunque elegido por el voto popular, ha usado su cargo para socavar la democracia venezolana y mantenerse el poder. Y que por esa razón, el presidente Obama no debe permitir una victoria del chavismo en Honduras, donde la destitución del ahora ex presidente Zelaya se hizo por orden de la Corte Suprema y respetando las instituciones.

Será que a solução institucional e democrática preconizada de regressar um Presidente destituído pela justiça e substituído pelo seu sucessor constitucional por unanimidade do Congresso é viavél?! Nem sequer pode afirmar-se que, admitindo a existência de um golpe, Zelaya foi vitima de um golpe militar, pois nunca o poder esteve nas mãos destes, apenas cumpriram uma decisão do Tribunal Constitucional, o máximo órgão judicial do país. Honduras é hoje um país encurralado, com fronteiras encerradas, literalmente sem nenhum apoio da comunidade internacional, provavelmente refém duma leitura precipitada dos factos, e sem condições objectivas de sustentabilidade até à data das próximas eleições (Novembro de 2009).
Não parece ser possível prever um desfecho feliz nesta triste e sui generis historia de um pais chamado Honduras que tenta, desesperadamente, resistir à hegemonia do Imperialismo Bolivariano.