quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O General e a Costa Rica, tem tudo a ver!


«O general Loureiro dos Santos chamou à atenção para o desespero dos militares na sequência das políticas do Governo para o sector, desespero que poderá vir a ter resultados indesejados no futuro. Algumas atitudes que podem pôr em causa a democracia portuguesa»
«São estes alertas que é preciso perceber antes que possa haver efectivamente uma situação dramática, que gostaríamos que nunca acontecesse, porque os militares não podem ser vistos como um vulgar agente da Administração Pública», afirmou Lima Coelho.

Não vou qualificar as Ignóbeis declarações do comentador televisivo general (feitas ao estilo de "quem avisa amigo é"), que já colheram o apoio de outros oficiais. Contudo, julgo que se apresenta hoje uma oportunidade histórica para que o papel das forças armadas em Portugal seja submetido a uma profunda revisão e análise face ao actual enquadramento do nosso País no cenário internacional.
A inspiração pode mesmo vir do outro lado do mundo, mais precisamente da Costa Rica!

5 comentários:

Anónimo disse...

sem dúvida. vou-te roubar o link ;)

esta análise já foi fumo sem fogo em Portugal. Se bem me lembro em afirmações que partiram de militares já na reforma (claro, já não os lixava).

o Governo tem aqui, depois destas ameaças sem razão de ser, um oportunidade de ouro. vamos ver se são inteligentes o suficiente para a aproveitar.

Planetas - Bruno disse...

Não é tarde nem cedo para lançar a discussão!

joshua disse...

A Costa Rica, um país desarmado, o primeiro país desarmado do mundo, julgo, é efectivamente um bom modelo para a Rússia e para os Estados Unidos.

Para nós, que abolimos cedo a escravatura e a pena de morte é mais complicado. Depois de novecentos anos a rechaçar espanhóis e mouros, franceses e mitificar uma resitência de defesa de este torrão, sem que mais nenhum país europeu por aí enverede, o mais natural é que isso nunca suceder, pelo menos enquanto houver uma China Armada, uns EUA armados e uma Rússia em ascenção.

Não colhe, portanto, Bruno.

Abraço
[O Planetas Politik acaba de ser linkado pelo PALAVROSSAVRVS REX].

Anónimo disse...

Se Portugal abolisse as suas Forças Armadas que aconteceria?

É simples de prever.

Portugal tem obrigações perante a NATO na defesa de algumas áreas do Atlântico. Se o não pudesse fazer outro país se encarregaria de o fazer.

Em princío Espanha e França, pelo menos, lutariam pela suprema honra de defender as nossas fronteiras.

Provavelmente ganharia a Espanha que está mais integrada na NATO do que a França.

Depois de isto estar tudo controlado pelo tal país, este, certamente, colocaria o problema de estar a gastar dinheiro com a defesa de outros e, Portugal, sem argumentos nem força para se defender, pagaria.

No fim a brincadeira íria sair-nos cara e, com a agravante de termos passado a ser um país ocupado.

São ao que conduzem os raciocínios simplistas omo os deste artigo...

Planetas - Bruno disse...

Este post não pretende ser um manifesto sobre a intenção de abolir as FA. Ainda assim, penso que a questão não deve ser tratada como um tabu, antes pelo contrário, deve-se desmistificar o que parece ter sido um sector da nossa democracia que tem vivido numa espécie de realidade paralela!