Tenho de admitir, eu estou para as finanças como Sócrates está para o Castelhano. Ainda assim, tenho alguma dificuldade em compreender como é que com urgência se Nacionaliza um Banco para depois o reprivatizar por um valor simbólico. Disseram-nos que era em nome da estabilidade do sistema financeiro e como todos sabemos, uma Banca forte é sinónimo de uma Sociedade feliz e próspera.
Pois bem, a Banca respirou de alívio e os contribuintes despejaram uns milhares de milhões seus sobre este simpático Banco, enquanto os responsáveis da falência do Banco e a justiça andam entretidos, numa espécie de jogo da cabra cega que promete durar até a justiça cabra se cansar.
Depois tivemos a visita da Troika que recebeu em audiência todos aqueles que lixam lideram os sectores mais importantes do país para ouvir todas as recomendações, queixumes e desejos para mudar o país, a verdade é que o BPN não resistiu à determinação e apetite dos investidores. Seria vendido a qualquer preço e com dia marcado, apesar de todo o dinheiro nele empenhado.
Ora bem, o Contribuinte Paga – 2.400 Milhões + 550 Milhões (que o Estado vai injectar) e ainda vamos indemnizar 830 dos actuais funcionários que o comprador não quer. Já Comprador leva - Todo o património do BPN por 40 Milhões!
Não seria mais baratinho vender o património do BPN, indemnizar todos os seus funcionários e evitar ainda ter de pagar ainda essa espécie de dote que custa 550Milhões?!
É caso para dizer - Há cada negócio da China Angola!!