Raras foram as vezes em que concordei com as opiniões dominantes, repletas de visões idílicas relativamente à realidade Latino americana e Venezuelana, fruto de um certo romanticismo nostálgico dos tempos moços que remontam à luta do Che Guevara, da canábis e do amor livre e despreocupado que foi desvanecendo com o passar dos anos, tendo dado lugar à gravata, ao cartão de crédito, às férias na neve e aos passeios domingueiros nos outlets.
Hugo Chávez foi inquestionavelmente um líder politico a quem ninguém pode ficar indiferente, uns pela sua particular irreverência ao enfrentar a histórica hegemonia Norte Americana na região e no mundo e na criação de políticas sociais de apoio a uma significativa parte dos excluídos da renda petroleira, outros tantos pela forma impiedosa e cruel com que perseguiu todos aqueles que resistiram à implementação dum estado unipessoal e totalitário com evidentes marcas de destruição dos valores da tolerância, da liberdade e da institucionalidade democrática.
O tempo da história seguramente se encarregará de fazer justiça, a uns e a outros…!
Nota: retomo este espaço apís algum tempo ao mesmo momento em que Chavez parte, ironias...