terça-feira, 15 de julho de 2008

O Politikómetro


PSD a perder terreno
Sondagem Universidade Católica/JN/RTP/Antena 1
"Se as eleições legislativas fossem hoje, o PS venceria com maioria relativa. A sondagem realizada pela Universidade Católica para o JN, a RTP e a Antena 1 revela que o PSD de Manuela Ferreira Leite vale tanto como o de Menezes.
O primeiro estudo de opinião envolvendo a nova líder do PSD - cujo trabalho de campo teve lugar poucos dias após a sua primeira entrevista televisiva nessa qualidade, concedida à TVI - emite, com efeito, sinais de que Ferreira Leite não constitui uma mais-valia para o partido.
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Sei lá, digo eu:
Independentemente de ser muito cedo para antecipar os resultados das próximas eleições, atrevo-me a dizer o seguinte:
1- 40% de intenções de voto para o PS, depois de todas as medidas que foram tomadas, não me parece um mau resultado, sendo certo que os tempos vindouros não serão particularmente "porreiros pá".

2- 32% para o PSD, mantendo a mesma percentagem que o seu antecessor LFM não augura para MFL um caminho fácil até São Bento, nem mesmo com o patrocínio do seu mentor de Belém; A gestão do silencio de MFL poderá dar frutos dentro do partido no sentido de acentuar o contraste com os que por lá têm desfilado, mas ainda assim, parece ser uma estratégia sufrivel tendo em conta a relevância que o partido tem no nosso País.

3- O BE fica-se nos 7%, apesar do ataque sem quartel que tem feito ao Governo e ao PS, ficando demonstrado que, apesar de capitalizar algum descontentamento do eleitorado socialista, FL não consegue vender muitas entradas para o espetáculo circense parlamentar.

4- O PCP chega aos 10%, muita da responsabilidade de Carvalho da Silva/CGTP que se têm desdobrado em esforços para aglutinar todas "vitimas" das reformas de Sócrates. Melhor resultado poderia obter não fossem as inexplicáveis e ortodoxas posições do PCP sobre as FARC e sobre matérias, hoje, bastante consensuais.

5- O CDS/PP, fica-se pelos já habituais 3%, mantendo a disponibilidade de mais um lugar no táxi de Paulo Portas.

Não fosse a crise internacional e Socratés teria argumentos de sobra para cantar vitória, pois, uma coisa é certa, o problema que herdou dos governos passados (incluo, obviamente o PS) foi resolvido, ainda que à custa de muito sacrifício (pedido há muito pelos seus antecessores sem resultados).

Mas como se diz por aí, a vida é Madrasta, e não me parece provável que muitos estejam, sequer, dispostos a fazer essa análise quando chegar o momento de passar factura pela precária situação em que se encontra a maioria dos Portugueses. A ver vamos...

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